Correndo ferozmente, baixando as planícies rumo ao desfiladeiro, o exército de texugos marcavam profundamente o solo com suas patas pesadas e malemolentes; assistia aquilo perpléxo - as imagens chegavam aos meus olhos em câmera lenta; estava totalmente desacreditado. O exército rebelde de texugos varria as comunidades texugas com força e lavavam as ruas com sangue e dor. Havia sido deposto o lider máximo texugo e a partir disso foi fomentado uma revolta sem fim. A sociedade texuga não sabia a quem seguir. Suas casas eram atacadas pelos rebeldes, ao mesmo tempo que o exército da nação tentava controlar a massa rebelada. Civis texugos eram mortos arbitrariamente, promovendo um verdadeiro caos social. Os rebeldes, liderados por um feroz ex-combatente das forças armadas texugas foi incansável - do início ao fim pregou, lutou e reuniu contigente para promover a revolta. Seus soldados temiam sua presença - permanecia mais no front que na base, e isso criava certa expectativa junto aos soldados. Os mais rasos temiam, os veteranos tentavam agradá-lo, mas ele era irredutível. Se escolhia algum soldado para ir consigo ao front, os demais sabiam que este não mais voltaria, com vida. O general do exército rebelde ostentava as pelugens de seus adversários e se negava a qualquer tipo de diálogo. Pedante, feróz, cruel, irritável - os mais atrevidos atribuiam isso a sua solterice e disturbios intestinais. O fato é que quando resolviam atacar era praticamente impossível detê-los. O povo texugo clamava pela volta de seu líder máximo. Mas a aristocracia texuga pedia mais - queriam um novo nome e conseguiram. Sem a participação dos eleitores, a sociedade texuga certa manhã acordou com um novo presidente. O temido general rebelde, ao saber da nova eleição, tratou de organizar uma visita ao lider recém intitulado. Mas este não estava disposto a ceder e recusou-se a atender as solicitações rebeldes. Os texugos permaneceriam em guerra, mas este, não iria ceder.
Agora conclamo a todos vocês aqui presentes que lutemos por nossos direitos civis! Vocês texugos têm direito a liberdade! Não deixemos que este rebelde texugo controle nossas vidas! Não deixemos que nossos desejos sejam violados! Formemos uma só nação sem que esta violência tome conta de nossos corações. Assim encerrei meu discurso, diante de milhares de texugos dispostos a lutar. Quando dei por mim, o general rebelde que ao meu lado estava, disse-me: excelente discurso - neste momento senti suas unhas afiadas, com sua pata pesada, perfurarem meu corpo. Era meu aniversário. Morri ali mesmo. Como conto essa história? Através do desejo de liberdade que ainda me toma. O desejo de ser livre, que ainda faz com que permaneça vivo este sonho. Você texugo miserável. Não desista nunca!
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