segunda-feira, 21 de setembro de 2009

Lula muda de ideia e Maia é a nova escolha para a sucessão presidencial

Com as nossas prévias eleitorais começando, dá pra imaginar que muita coisa já está mudando. Com o fim da novela "Caminhos das Indias" Lula decidiu num encontro secreto (isso me lembra a atos secretos, mas deixemos isso pra depois) coroar Maia, a senhora do destino da ex-novela global, como a nova presidenciável. Na Folha de S.Paulo deste domingo, nem mesmo a própria Dilma se classificou como simpática. Segundo a ministra, para ser elegível, o candidato deve ser simpático - o Lula, que é de uma simpátia desinfetada, digo desenfreada acredita que Maia, uma espécie de Helena (des) encarnada no Rajastão (Estado indiano) pode sim reverter o atual quadro de um governo acreditado, mas que não possui um sucessor confiável. Procurado por este blog, a assessoria do presidente não quis confirmar (lóóóógico) se Lula acha mesmo Dilma simpática a ponto de torná-la presidente do Brasil.
Se tivermos Maia como a nova candidata a presidente, não será dificil bater José Serra em simpátia, ou a futura candidata do PV, Marina Silva, em beleza, ou a Heloísa Helena em objetividade. Mais do que isso, fica provado que num governo populista, onde os índices de popularidade mais cresceram, o peso da balança sempre vai pender para o óbvio: quanto mais bonito e simpático, melhor é. Viva a Maia presidente do Brasil! Mas Maia tem um problema: contabilizar os votos dos Dalits - que no induísmo é a casta mais impura, feia, pobre, fedida e inculta - no Brasil, significaria a maior parte da população. Ah tá... o Lula prometeu que Maia vai continuar com o Fome Zero. Ficamos no aguardo.

terça-feira, 8 de setembro de 2009

O Ator, O Personagem e o Leitor

Ele vestia um jeans confortável, uma camiseta larga e amassada. Levava em seus pés uma sandália plástica, dessas bem confortáveis. Em seu bolso um cartão de banco, sua carteira de motorista e suas chaves. Seu chaveiro era de plástico, uma réplica idêntica as sandálias. Passava despercebido, se não fosse seu perfume. Agradável, amadeirado. Ofuscado pelo perfume forte do desodorante esportivo e do creme hidratante, que acalmava sua pele avermelhada pela manhã debaixo do sol. Eram 19:00 quando desceu do edificio. Cruzou a rua, e seguiu em direção a padaria. Seu objetivo: pães, coca-cola e chicletes.
Calmamente buscou em seu bolso as moedas que faltavam para completar o maço de cigarros que acabava de comprar; Ai está! Os tais 0,25 centavos que me restam! Disse ela ao caixa, compenetrado na partida de futebol que era televisionada. Este, não percebeu o tom jocoso com que fora tratado pela fumante. Vestida de calça saruel branca e um top amarelo gema, seguiu em direção à praia. Objetivo: Queria fumar em frente ao mar. Não conseguiu chegar a calçada.
- Já estou iiiindúúú.... Disse ao avô que gritava escada abaixo: "Vais buscar meu antiácido e não se esqueças que estou cá de olho em você, oras!"
Pensativo e com olhar penetrante, o jovem seguiu rápido em direção ao primeiro comércio que imaginava encontrar o tal antiácido. Pensou na padaria. Ao chegar se deparou com um rapaz no chão, de calça jeans e sandálias, tentando reanimar uma mulher de calça branca e blusa amarela. Havia muita gente em volta e notou apenas uns chicletes jogados no chão, uns pãezinhos que rolavam em direção à guia e um maço de cigarros pisados. Pediu ao caixa o antiácido. Este o entregou sem que o olhasse nos olhos. Na tela, marcavam um gol. Sua expressão era de desagrado. O jovem voltou-se para a saída e entre as pernas de uns e outros via a tal moça sendo observada. O rapaz lamentava alguma coisa, enquanto buscava no chão seus pertences.
O avô havia visto tudo do alto, pela janela do edifício. Ao olhar para o jovem disse: O que vistes lá embaixo ópá? Laconicamente o jovem apenas acenou dizendo: "Alguem deixou algumas coisas cairem no chão e uma mulher caiu também, não sei bem... Havia uns cigarros... Tome aqui seu remédio! Ah, vou aproveitar e ler seu jornal... Quem sabe encontro um fato interessante que tenha ocorrido.