sexta-feira, 3 de setembro de 2010

Algumas coisas precisavam mudar

Estava atrasado para o trabalho. Saí correndo de casa e me esqueci de uma série de coisas das quais estava acostumado a fazer. Isso me deixava irritado. Meus horários eram muito bem definidos e ajustados. Completavam 6 meses que vida em Porto Alegre. Já estava habituado aos horários dos ônibus: do trem; o caminhar das pessoas do sul, muito mais lento que os do sudeste (talvez, devido a quantidade de roupa que normalmente vestiam). Também já havia me habituado à ela. Que me perseguia sempre. Por onde estivesse: A coriza. Não é catarro. É coriza. Incolor, insípida e, por que não, inodora. Mas nojenta, senão bebíamos coriza ao invés de água. Me levantava todos os dias às 05h40. Ía ao banheiro. Perdia longos 2 minutos diante da ereção daquela costumeira masculina, para enfim, urinar. Escovava os dentes antes do banho. Aprendi isso em algum lugar da infância em que passava as férias na casa de meu avô, aqui mesmo no sul, em Canoas, grande Porto Alegre. Por volta das 05h55 já estava fora do banheiro, ainda nu, caminhava em direção ao quarto, observando minhas pegadas úmidas. No caminho passava na cozinha e acionava a maquina do café, devidamente preparada na noite anterior. Me vestia e, de volta à cozinha, perdia ali mais alguns instantes saboreando um (nada inebriante) café morno, forte, mas não suficientemente capaz de me acordar. 06h20 descia as escadas do prédio correndo. Eram 4 andares que me gelavam a barriga toda vez que experimentava essa descida. O porteiro só acionaria as luzes de sensor de presença às 06h30. Cheguei no saguão às 06:28; ele dizia que qualquer movimento das portas de incêndio fariam as luzes acenderem. Gerava gastos. As maçanetas das portas do prédio por alguma razão estavam sempre úmidas. Saía e rasgava a praça estacionada adiante do prédio. Sempre ouvi dizer que nos estados do sul e, especialmente Porto Alegre, não havia mendigos. Naquela praça, por acaso haviam muitos. Mas estava atrasado desta vez. Acordei às 06:10. Não sei por quê. Meu relógio estava acesso, carregado, mas não me despertou. Tive que fazer uma seleção de escolhas para propor menos atraso ao meu dia. Não tomaria banho, pois o havia feito na noite anterior. Não esperaria o café, tampouco perderia tempo com a ereção matutina, já radicada pela pressa e, pela própria urina. Resolvi esperar o elevador, teoria que se mostrou péssima. O tempo que levei esperando ele descer do 14º até o 4° teria eu engatinhado até o outro lado do hemisfério. E mais, as luzes das escadas já estariam acesas. Escolha feita; restava contar para que ninguém o chama-se. Longos 16 segundos me guiaram até a porta, cujas maçanetas apresentavam-se ainda úmidas. Chovia. Para meu espanto não havia mendigos na praça; a cruzei como um foguete e decidi cumprir parte do trajeto a pé. Novamente a teoria se mostrou fatídica. Levei o dobro do tempo que levaria de ônibus. Mas como já havia perdido aquele que costumeiramente tomava, a sensação de mobilidade me aliviava. Cheguei a estação de trem as exatas 07:00. Foi o suficiente para que me desespero tomasse corpo e forma. Não era um flashmob, mas toda a Porto Alegre estava ali. Não cheguei ao trabalho naquela manhã. Resolvi voltar pra casa. Liguei frustrado para o gerente e disse-lhe que estava atrasado e aquela manhã não poderia ir, pois estava decepcionado com o trânsito e triste comigo mesmo. A resposta do gerente veio como um pesco-tapa: Ok Chefe. Vou pedir para os encarregados da distribuição dos equipamentos que me tragam as notas que eu mesmo assino. O Sr. virá pela tarde, ou posso dispensar os funcionários mais cedo? Sabe como é, dia chuvoso... o Sr. é o dono.

terça-feira, 6 de julho de 2010

Copa na Europa é da europa

Há alguns dias confidenciei a algumas pessoas e esse foi meu erro. Deveria tê-lo feito em meu blog ou em meu twitter. Minha teoria, que certamente deve ter sido elucubrada a partir de algum comentário desses articulistas kfouristas ou trajanistas, que: Copa na Europa é da Europa. Sim. Esse fato, não tem argumentos que o derrubem. Se formos olhar no passado, desde o futebol moderno, a partir da segunda metade do século XX, podemos afirmar isso. Ganhamos 2002, 1994 e 1970. Ásia e Américas. Em 1958 e 1962, por alguma razão nos foi permitido. Talvez a FIFA ainda não tivesse noção do perigo sulamericano, com Uruguai campeão em 1930 e 1950. Nas últimas Copas, sagraram-se campeões os europeus e, algo me dizia que na África não seria diferente. Interessante saber que Alemanha e Holanda (ex-colonizadores) estão entre os finalistas; Espanha, que detêm grandes investimentos em telefonia e bancos, também. O Uruguai chegou graças a um plano imbecil da França, com inexperiência de Ghana e claro, um pouco de futebol. Arrisco dizer, e agora, mais seguro, pois estará registrado, que o Brasil terá grandes chances de conquistar o Hexa aqui, desde que tenhamos cuidado. Apostaria ainda numa grande (e providencial) participação dos times dos EUA e Alemanha. Acredito que os sulamericanos serão, por alguma razão, engolidos também. Registrado.

quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

CPTM cumpre promessa e faz a capina.






Antes do previsto e muito depois do que poderia, a CPTM fez o prometido e iniciou na manhã de hoje, 27/01 a capina no terreno ao lado da estação Grajaú, linha esmeralda. Após os protestos do blogueiro e uma série de emails trocados, a Companhia Paulista de Trens Metropolitanos de São Paulo passa a oferecer condições aos usuários e moradores da região do Grajáu de ir e vir, possibilitando aos pobres mortais calçada livre de mato, rato e sujeira. Resta, evidentemente, uma campanha de conscientização e também fiscalização na região para que os moradores não aproveitem o local para novos depósitos de lixo. Espero também, contar com a transparência da CPTM e da Subprefeitura em admitir que houve um erro, falta de fiscalização e que, caso ocorra novamente o lamentável acúmulo de lixo e ratos, que não seja atribuído apenas a população que vive nas imediações. Parabéns pelo trabalho, mas lamento, pois tive que usar meu direito de cidadão para reclamar uma obrigação das partes envolvidas. Isso por que não citei os problemas de infiltração embaixo da ponte que passa por cima da Av. Dna. Bemira Marin, da cascata de àgua que se formou dentro da estação, na última semana com as fortes chuvas. Havia um buraco no teto da estação que inundou parte da saída de passageiros que iam em direção a Rua. Giovanni Bononcini.

Vamos ficar de olho e faça valer o seu direito de cidadão. Não importa que venham outros e sujam. O seu direito tem que ser valorizado. Olhe ao seu lado e veja se há algo de errado. Se houver grite! Não deixe que a falta de respeito aos cidadãos de cidade se vá com o esgoto.

quinta-feira, 21 de janeiro de 2010

CPTM em resposta, diz:

Através do Sr. Juvenildo a CPTM comunicou por telefone a este que escreve que, em alguns dias o serviço de capina será realizado. Mas vem cá: Se eu não ligasse, enviasse email, essa palhaçada não iria ocorrer nunca? Os ratos iriam permanecer lá? O lixo e o mato tomando conta até quando?
Vamos esperar...

quarta-feira, 20 de janeiro de 2010

Resposta do Secretário do Verde e Meio Ambiente

Em resposta a denúncia feita pelo blog do borgges, o secretário de verde e meio ambiente cobra do presidente da CPTM medidas imediatas sobre a questão. Vamos aguardar.

terça-feira, 19 de janeiro de 2010

RATOS NA ESTAÇÃO GRAJÁU, CPTM

Mais uma vez a CPTM, Companhia Paulista de Trêns Metropolitanos, vem registrando um nível de atuação baixíssimo. Se não bastasse a super-lotação dos trens em horário de pico, a insistência em manter trêns curtos (ou com poucas composições) também em horário de pico, agora o lamento é no entorno da estação Grajaú, linha esmeralda, zona sul de São Paulo. Com o mato muito alto e tomando conta da calçada, a proliferação de ratos é enorme, causando uma série de prejuizos aos usuários e moradores, que, por sua vez, vem contribuindo com o descaso, fazendo do local um depósito de lixo e entulho. Onde estariam a fiscalização do local? Ao lado, no bicicletário permanece um guarda que em estado de total inércia, vê a vida e o lixo passar sem que manifeste sua preocupação. E os pedestres são obrigados a andar na rua, pois a calçada está intransitável.






Em nota, o serviço de atendimento ao usuário da CPTM disse que encaminhará a reclamação aos responsáveis. Vamos aguardar.