segunda-feira, 25 de julho de 2011

¿Esquerda?

Direto ao ponto. Hoje, um dos nossos grandes problemas é sabermos de que lado estamos. Se, por um lado estamos à esquerda, onde afinal está a direita? Durante muito tempo lutamos para que a esquerda chegasse ao poder e, alheio a mudança do Mundo, os movimentos sociais foram se adequando as multifaces que a contemporaneidade ia nos apresentando. As coisas foram mudando. Os comunistas se socializando. A intelectualidade se alternado. Hoje, os comunistas de Ipad, se dizem vorazes ativistas em prol de alguma coisa. Hoje, aliás, podemos ser ativistas em prol de qualquer coisa. Antes, éramos todos ativistas em prol de uma causa só. Digo éramos... Pois me dói ser hoje, o que estou. Momento errado, no movimento certo. Diante de uma política cada vez mais universalizada e polarizada não enxergo nada na esquerda. A direita, desabituada a exercer um papel de coadjuvante, arde e se vê carcomida de sua própria acidez. Confesso que isso me diverte. Mas me preocupa. Cadê a oposição que merecíamos? Merecemos coisa melhor, do que ataques a um ou outro personagem. Merecemos mais que um mordaz ataque da imprensa. Quando estávamos do lado de lá do muro, nos debulhávamos em estudos, em contestações, em análises de risco. Até a imprensa fazia “fogo amigo”. Hoje, temos uma direita burra. Sim, a direita é mesmo burra como supúnhamos. E a esquerda? Cadê aquela fúria? Não, não me refiro aos radicalismos, confesso que nunca fui partidário desse movimento, mas nos falta calor, nos falta fôlego, nos falta... Falta-nos ser esquerda de novo. Hoje somos compostos por um bando de comunistas de Ipad em prol de alguma coisa. Não, não sou contra o Ipad ou quem o usa. Tampouco contra qualquer movimento que faça uso das mídias digitais, BEM PELO CONTRÁRIO. Sou bem a favor. Mas acho que falta muito para alcançarmos aqueles objetivos traçados ainda no começo do século XX, se é que os alcançaremos. Não há conexões que nos salvem. Estamos ilhados na nossa soberba vermelha que um dia consumiu a direita. Aliás: Ei direita: Vá com Deus! Não volte nunca mais. Mas antes, ensine-nos uma coisa: Como permanecer tanto tempo?

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